sexta-feira, 14 de agosto de 2009
O MITO DE SÍSIFO....CONTINUAÇÃO
A luta perseverante de Sísifo tem algo de grandioso e heróico,sem dúvida.Segundo Camus e outros pensadores,ela representa a realidade da vida humana neste mundo,vida que é um contínuo recomeçar em consequência de sucessivas frustrações e quedas.No entanto as inspirações inatas quero homem traz em si não podem ser frustradas,se nada houvesse que lhes respondesse,teria plena razão,os que ,mediante entorpecentes e psicotópicos,procuram "paraísos artificiais",ou aqueles que põem fim a si mesmos no suicídio.
O bom senso,portanto,leva a afirmar que há uma resposta positiva e válida para as grandes aspirações inatas do ser humano;isso se refere aos anelos que todo homem,de qualquer raça ou cultura,traz em si.Essa resposta,em última análise ,é o Bem Infinito,o Primeiro Amor e a Verdade Suprema.E,já que não é possível na vida presente possuirmos plenamente esse Supremo valor,existe uma vida póstuma,na qual encontrarão a saciedade as mais fundamentais aspirações do ser humano.Foi o Ser Infinito,Deus,que nos criou deixando em nois o sinete do Fabricante(isto é,a sede inefutável do Infinito);e é esse Criador quem continuamente exerce sobre todos nois o seu atrativo,permitindo que percebamos a exiguidade de tudo o que nos cerca(todas as coisas sensíveis passam,e o homem permanece com insaciável capacidade para usufruir novos e novos bens).
Simone de Beauvoir,escreveu:"Uma vida,para que seja interessante,deve assemelhar-se a uma ascensão:galga-se um patamar,e depois, outro...;cada patamar não existe senão em vista do patamar seguinte...se essa subida,chegasse ao auge,retrocedesse,eis que ela se torna absurda desde o seu ponto de partida"(Le sang des autres).
Apesar da nessecidade de muitas vezes gritar e gritar bem alto,sobre os absurdos,que a vida me faz passar,no entanto,eu nunca a enxerguei como "absurda",penso que já no presente,todo homem atinge o seu criador,embora de como peregrino posto em demanda de uma mais posse plena e definitiva;e ainda falando em "patamares",talvez o meu dever de casa nessa vida,foi aprender a cuidar dos outros em primeiro,para depois aprender a cuidar de mim,o que para alguns,pode ter sido o contrário,ou quem sabe só cuidam de si,ou pior ainda,há um tanto,que já não cuidam nem de si e nem de ninguém.
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