segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O ACENDEDOR DE LAMPIÕES

La vem o acendedor de lampiões da rua.
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se á lua,
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um,dois três lampiões,acende e continua,
Outros mais a acender imperturbavelmente,
A medida que a noite aos poucos se acentua,
E a palidez da lua apenas se presente.
Triste ironia atróz que o senso humano irrita:_Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana que habita,
Tanta gente também nos outros insinua,
Crenças,religiões,amor,felicidade,
Como este acendedor de lampião de rua!
(Jorge de Lima)
Da nossa literatura,considero,este poema,uma das pérolas mais preciosas.Visto que ele nos leva a refletir o social e o espiritual humano.Ponho a me perguntar?Quem foram,quem hoje são,os acendedores de lampiões em minha vida?Reconheço-os?valorizo-os?Agradeço aos céus por estes?
E quem imagina que na minha choupana possa não existir o que ofereço?Quem se preocupa em saber,se tenho o que nos outros insinuo? INFATIGAVELMENTE...todos os dias,a vida coloca diante de nós,um acendedor de lampiões,e deixa outros sem acender,para que tenhamos a grandeza de espírito de;independentemente do que exista em nossas choupanas,doirar-mos de luz,a rua escura de alguém que espera e confia que EU chegue até ele(a).

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