sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A MOÇA

Não me perguntem quantos anos tenho,
E sim,quantas cartas mandei e recebi.
Se mais jovem,se mais velha..o que importa.
Se ainda sou um fervilhar de sonhos.
Se não o carrego o fardo da esperança morta.
Não me pergunte quantos anos tenho,
E sim quantos beijos troquei-beijos de amor,
Se a juventude em mim ainda é uma festa,
Se aproveito de tudo a cada instante,
E se bebo da taça gota a gota,
Ora...Então pouco se me dá quanta gota resta.
Não me perguntem quantos anos tenho,
Mas...queiram saber se criei filhos,
Queiram saber de mim que obras fiz,
Queiram saber se de mim se amigos tenho,
e se alguém pude eu tornar feliz.
Não me perguntem quantos anos tenho,
Mas queiram saber de mim que livros li,
Queiram saber de mim por onde andei,
Queiram saber de mim,quantas histórias,
Quantos versos ouvi,quantos cantei.
E assim,somente assim,todos vocês,
Por mais indefinidos que estejam meus cabelos,
Por mais rugas que vejam no meu rosto,
Terão vontade de chamar "A MOÇA".
E,ao me verem passar...aqui...alí...
Não saberão ao certo a minha idade,
Mas saberão por certo que VIVI.

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