segunda-feira, 27 de julho de 2009

DEIXA EU TE CONTAR UMA COISA....continuação.

Depois da descoberta do primeiro sítio rupestre em Monteiro,eu reuni meu colegas de curso para quem quisesse,junto comigo,formar-mos uma equipe e prosseguir com as pesquisas.Muitas informações foram chegando,mas para a minha decepção era só rabiscos de pessoas conteporâneas;no entanto hoje existe seis(o6)sítios rupestres encontrados na região e um outro que infelizmente não pude registrar,pelo fato do local esta situado em território pernambucano.Por muito tempo,preferi manter essas informações em oculto,pois o que eu mais temia era atos de vandalismo,além do mais,os sítios estavam localizados em propriedades particulares,e o acesso publico a estes poderia causar futuros problemas para os donos dessas terras.No sítio Barragem,na Pedra da Igrejinha,havia um desenho que lembra o casco de uma tartaruga segundo o meu professor,este seria um indicativo de um cemitério.Eu precisava conferir,ou não sossegaria.Numa manhã de domingo,me dirigi para o local com minha equipe;eram dois "destimidos" a cavar muito,munidos de par,enxada e picareta e nois outros,com comida,agua e material de apoio,incluindo um saco para colocar os possíveis achados.Eu havia conversado com o dono das terras,sobre o que poderia vir a ser encontrado e do que se tratava;ainda lembro que ele riu bastante e disse ser mais fácil,encontrar ouro e eu sorrindo respondi:pois eu prefiro encontrar osso.A escavação começou bem abaixo do referido desenho,e ainda lembro do desejo que senti de ter a força masculina para eu mesma cavar,pois já não comportava tamanha ansiedade.Não foi preciso ir tão fundo e logo surgiu o osso do fémur;sinceramente não dar pra descrever a sensação do que significa uma descoberta assim para quem gosta de História e Arquelógia.Não foi possível encontrar a ossada inteira,mas eu já havia levado em conta de que havia,entre esses povos,um ritual fúnebre em que esquartejavam o morto e enterravam as partes do corpo e locais diferentes.Trouxe tudo para a minha casa e isso causou medo e repgnãncia para as minhas filhas ainda crianças na época.No dia seguinte,minha irmã Elaine e eu,tratamos de lavar os ossos um a um,depois de secos,tornei a guarda-los numa caixa bem protegida.Depois de passado todo furor arquelógico,chegou a hora da razão,o que diria a polícia sobre ossos humanos guardados em minha residência,e quando chegasse o momento de expor ao público?Fui até o delegado,e contei para o mesmo,sobre o trabalho que fazia e o que havia encontrado;o mesmo me assegurou que não haveria problema algum,mas tambèm não me deu nenhum documento que me oferecesse segurança perante a lei.hoje,esses ossos que aparecem,na urna do meio da imagem acima,estão na sala arqueológica do Museu Histórico de Monteiro,graças ao Deputado Carlos Batinga e a Darci Galdino que obtiveram licença especial para a exposição dos mesmos.O teste de carbono 14,que revela a idade do osso,naquela época ficava em torno de 10.000,00(dez mil reais),e por isso não há identificação precisa dos fósseis.Certa vez um médico que visitou o museu,disse que se tratava de um adolescente e do sexo masculino,e é tudo que temos.Há bem pouco tempo,cientistas comprovaram a existencia humana aqui no Nordeste de cerca de 8.000 mil anos a.c,através de um esqueleto de mulher de carca de 30 anos,de baixa estatura e traços negroides a qual deram o nome de Luzia,este achado,se deu no mior sítio arquelógico brasileiro,na região do Piauí.Estes antigos habitantes daqui de Monteiro,não eram os índios Xucurus e Cariris,que viviam na região na época da chegada do homem branco(estes são históricos);sobre este povo pré-histórico,os cientistas,estudam e divergem de sua origem:fenícia,azteca,mongol,australiana... Para mim,é uma questão de honra falar sobre isso,pela paixão que tenho pela arquelogia,esta ciência que estuda os vestígios culturais da humanidade,sejam em períodos históricos ou pré_históricos,é um direito que me cabe,talvez até um dever,mas com certeza é uma alegria."A Arquelogia não é nada se não for feita com prazer(Glyn Edmund Daniel_1914-1986).Contunua...

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