quinta-feira, 3 de setembro de 2009

"CONDENADOS À LIBERDADE"

Sempre procurei respostas para as palavras do filósofo existencialista Jean Paul Sartre,que afirmou :O homem está condenado a ser livre.Esta frase nos remete para algo extremamente magnífico e assustador ao mesmo tempo;o poder e ter o que se escolher e a reação desta ação.Todos nós aspiramos liberdade,mas gozá-la de fato nos trás toda uma sorte de questionamentos sociais e espirituais,devido ao fato de que a mesma está o tempo todo sendo: medida,pesada e classificada.Penso que a melhor forma de interpretar essa frase seja ter a idéia de que somos livres,ou melhor nascemos livres e temos a obrigação de vivermos nossas vidas sem medos que nos façam nos desviar do propósito de liberdade exposto por Sartre que prega a liberdade do homem com base na suas ações naturais e instintos que devem ser seguidos; claro, tendo em vista o limite entre o aceitavel e o condenavel em nossa sociedade atual.Creio que conciliar liberdade e os padrões morais e religiosos seja praticamente impossível.O homem teme as leis do Estado não por honestidade pura,mas sim por medo da punição para seu excesso de liberdade e nisso vemos o interesse em se seguir uma boa conduta simplesmente por interesse puro em uma possível recompensa seja material ou até mesmo espiritual e penso que vale a pena citar uma frase de Einstein que diz:"Se somos bons por almejarmos uma recompensa,sem duvidas somos um grupo desprezível" e nisso concordo plenamente.Quanto a conciliar Deus e liberdade,realmente é um tarefa difícil,pois vivemos dualidades que nos obrigam a escolher entre nossas vontades ou entre a renuncia de uma vida para nos dedicarmos a algo espiritual para ganharmos ou não uma recompensa.Sem duvidas que são coisas distintas assim como Liberdade e Livre Arbítrio que creio que ambos teem certa semelhança,pois fazem apologia a liberdade de escolha,porém na pratica consiste em seguir um caminho,seja de uma sociedade ou de um Deus para ser bem aceito.Depois que o homem se modernizou e se globalizou,se viu diante de um grande mercado onde "de tudo tem ",e tal situação implicou em ter escolhas demais para se fazer,de tanto ter o que se escolher;e a condenação dessa liberdade de compra ,troca e venda nesse grande mercado material, e espiritual fez do homem,uma espécie de "gambiarra mental",onde a tudo a e todos está ligado,mas que a qualquer momento está sujeito a vir sofrer um curto circuito.Basta constatar as últimas estatísticas que apontam uma explosão demográfica de depressivos e de outras desordens mentais diagnósticada em quase sua totalidade,doenças desenvolvidas por fatores ambientais.Ao que parece,o processo foi invertido,um dia o homem sonhou e lutou por liberdade física e ideológica e agora se ver preso dentro da pior de todas as prisões: preso dentro de si mesmo.A imagem acima,sugere a idéia de um VÔO ATRIBULADO...Talvez seja o preço da liberdade ou a condenação da liberdade,que saiu da esfera do objetivismo para o subjetivismo.Ou seja,estamos CONDENADOS A ESCOLHER E ÀS NOSSAS ESCOLHAS.E quem tem ouvidos ouça:TUDO ME É PERMITIDO MAS NEM TUDO ME CONVÉM. (I Cor 10,23).

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