segunda-feira, 5 de julho de 2010
Valéria e Becinho
Amo-te
Amo-te quando em largo, alto e profundo
Minha alma alcança quando, transportada
Sente, alongando os olhos deste mundo
Os fins do ser, a graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo:
à luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não podem nada.
Amo-te com o doer das velhas penas,
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
e a fé da minha infância, ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.
(poema de Elizabeth Borwning)
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