terça-feira, 29 de setembro de 2009

POR QUE???

Se o mundo é mesmo feito não de RESPOSTAS e sim de PERGUNTAS...por que?
Por que te conheci num dia em que minha alma te procurava sem nada combinar comigo?
Por que achei que no dia seguinte não serias mais que uma lembrança da noite anterior?
Por que te exclui para fugir do que meu sexto sentindo temia,e esqueci que havia te dado o meu fone?
Por que tu me dissestes coisas que que eu queria ouvir:Como pode fazer isso comigo?Simplesmente te quero...
por que fomos juntos até o sétimo céu??? E agora nos perdemos nas brumas...POR QUE?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

SANSARA

Se for ferir,melhor ferir de morte...
Assim ressurreta estarei,enquanto você somente se distrai;
Meu éter se esvai,enquanto você somente por um instante sai.
Cuidado com minhas cores;
Cuidado com minhas dores;
Pra você são normais???
não..Não...Não...elas são mortais.
Não fui eu quem morreu,foi você quem não sobreviveu...
arranhe o vaso,quebre-o,deixe caco por caco e sorria de sua pobre OUSADIA.
Cacos se quebram,é material,é matéria...
A essência permanece;
Mesmo nos dias de calabouço onde ela adormece;
E na solitária as vezes esquece;
Que uma força maior a despertará.
Teus músculos de aço se espatifaram perante mim.
Teu agir bizarro e esdrúxulos,são da conta de ti.
Assume tua loucura,mas não queira dividi-la comigo,porque já domestico ou liberto a minha própria.
Toma teu alforge de caçador porque hoje não teu dia.
Nem mesmo um é da caça e outro de ti.
Se tua vaidade alimentada por teu ego,e por minha permissão...minha permissão...minha permissão.
Saciaram tua vaidade masculina e pensaste em mim,como algo conquistado e sem mais valia...
Pensaste mal ,muito mal de mim,e pobre de ti,tão enganado em ti mesmo.
Toma teu alforge de caçador e segue a tua estrada,continuas a caçar,talvez é que te reste.
Tua presa nunca foi tua,somente se permitiu assim ser.
Tua caça nunca foi tua foi tua,apenas te permiti me ter..me reter...me deter.
Toma teu alforge de caçador ,outras caças devem estar á tua espera,para teu deleite,para teu enfeite de macho.
Segue na tua liberdade,vontade e necessidade de caçar;
E eu seguirei talvez distraída,como sempre fui...
Mas senhora absoluta do meu querer..e eu não quero mais você.
Segue com teu alforge de caçador...de mãos vazias.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O SOL E A LUA

Ó príncipe do meio dia;
Monarca de Sabá;
Guerreiro de èbano;
Prometido MEU.
A fogueira arde;
Mas não tanto quanto meu coração;
Mas não tanto quanto meu corpo;
A noite celebra a nossa consagração.
Ò princesa da noite;
Filha da lua;
Deusa de marfim;
Prometida TUA.
Livres no altar da consumação;
Nossos corpos se entrelaçam;
Se entregam na paixão;
O nosso amor é sagrado na magia da canção.
Bebe do meu cálice;
Inebria-se do vinho meu;
Tua lança me transpassa;
Num êxtase meu e teu.
O universo canta um um hino;
Ao SOL e LUA em furor.
São nossos corpos é nosso espírito;
Que se encontraram nesse amor.
Teu desejo é meu desejo;
teu pensamento é meu;
Perderemos a magia se pedir-mos explicação;
Fomos tão somento escolhidos para esta comunhão.
Casal sagrado e consagrado;
Pelas leis da natureza;
Eu e Tu meu eterno amor;
Símbolos da representação da BELEZA.
Sou o sagrado feminino de ti.
És o sagrado masculino de mim.
E o nosso amor existe;
Desde o princípio,o meio e o fim.

ORAÇÃO CELTA

Que jamais em tempo algum,

O teu coração acalente ódio.

Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.

Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro,

Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.

Que a música seja tua eterna companheira de momentos secretos contigo mesmo.

Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.

Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.

Que cada dia seja um novo recomeço,onde tua alma dance com a luz.

Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada amigo e o teu coração faça festa ,que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.

Que os teus momentos de solidão e cansaço,esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma,quando a alma é grande e generosa.

(Oração Celta)

ALMA UNA

Celebrar o milagre de ser
O milagre do viver
Na doce magia da noite
Minha alma é noiva desse ritual.
O fogo me aquece num abraço amigo
As fagulhas são reflexos do abraço infinito
Eu danço o mistério da lua
Linda,nua e natural.
Eu faço amor com a terra
Sou amante eterna
Do fogo da água e do ar.
Sou irmã de tudo o que vive
Ninfa que brinca com a vida
Alma una com tudo o que há.
Salamandras brincam na fogueira...
Guerreiras aladas trazem oferendas...
Se aproximam os animais de poder...
Planta-Mestra eu quero aprender...
Guardiães abençoem o meu caminho...
Tambores xamãs toquem para mim.
Grande Mãe estou aqui.
(Ricardo Kelmer e Flávia Cavaca)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O MUNDO NAS COSTAS

Como pesa...
Como pesa...
Como pesa...
E dói..dói...dói...
Destrói.corrompe e corrói.
lágrimas contida e incontidas.
Ânsias pré-concebidas e embebidas no mais puro mel,que logo se transforma em fel.
Taquicardia,letargia,agonia.
Sinais,sinais,sinais...o vento se recusou.
A lua se esquivou e na caverna escura e fria minha alma por meses pernoitou.
Primeira,segunda ,terceira,quarta e quinta essência murmuravam você.
Somente um lampejo vindo de mundos longícuos faiscavam no meu ser.
Um orgasmo,mil orgasmos,não te farão mais mulher do que já ÉS.
E a Mssai Branca olhou o guerreiro de ébano e deu-lhe as costas em paz.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

BORBOLETAS

As borboletas são insetos da ordem Lepidoptera classificados nas super-famílias Hesperioidea e Papilionoidea, que constituem o grupo informal Rhopalocera.As borboletas têm dois pares de asas membranosas cobertas de escamas e peças bucais adaptadas a sucção. Distinguem-se das traças (mariposas) pelas antenas rectilíneas que terminam numa bola, pelos hábitos de vida diurnos, pela metamorfose que decorre dentro de uma crisálida rígida e pelo abdómen fino e alongado. Quando em repouso, as borboletas dobram as suas asas para cima.As borboletas são importantes polinizadores de diversas espécies de plantas.O ciclo de vida das borboletas engloba as seguintes etapas:ovo,larva, chamada também de lagarta ou taturana,pupa, que se desenvolve dentro da crisálida (ou casulo) eimago fase adulta.

DE LAGARTA A BORBOLETA

Quando a consciência do Infinito se torna maior do que a consciência do finito, estamos na iniciação e quando a consciência do Infinito se torna muito mais expandida do que a consciência do finito, então temos a auto-realização. Vamos usar a poesia da natureza para esclarecer melhor esta idéia da iniciação e auto-realização. Vamos tomar, por exemplo, a Lagarta e a Borboleta. A lagarta destrói os nossos jardins, as nossas árvores, comendo folhas diuturnamente. A lagarta é como um tubo digestivo com uma boca e nada mais.Ela é todo estômago: come, evacua e pronto! A lagarta come durante algumas semanas, de repente, ela passa a não comer mais, suspende toda a alimentação, fica num estado de silêncio, como se estivesse doente, como se fosse morrer. Ela faz um jejum no final do período. Depois ela vai para um local sossegado... e logo já não é mais lagarta! Aparece outra coisa que nós chamamos de Crisálida. Depois de algumas semanas, para nossa surpresa, nem a lagarta e nem a crisálida estão lá. O que é que está lá? Uma linda borboleta! Que Ser maravilhoso que é uma borboleta! A borboleta não é nada parecida com uma lagarta. Possuí um corpo belo e esbelto, quatro asas maravilhosamente desenhadas, seis perninhas fininhas como uma agulha... a lagarta não tem pernas, tem uns "toquinhos" para se agarrar. A borboleta possui dois olhos hemisféricos. Cada um desses olhos possui seis mil facetas visuais, num total de doze mil olhos. Ela não pode mover os olhos como nós, mas ela vê de todos os lados ao mesmo tempo. A borboleta, ao contrário da lagarta, não come quase nada... Ela só bebe uma gotinha de néctar extraída com sua lingüinha espiral do fundo do cálice da flor. Ela suga um pouquinho de néctar e sai voando, voando... Livre pelos ares. Ela não come nada, não destrói nada, não faz mal a ninguém. Podemos nos perguntar: Como que algo tão maravilhoso como uma borboleta, pode sair de algo tão pequeno, tão feio, rastejante, sem asas e comilona como uma lagarta?O mistério está na crisálida! ·Ovo,·Lagarta,·Crisálida, e·Borboleta... Que belo e misterioso processo! A lagarta morre, vira crisálida; a crisálida arrebenta pelas costas e, finalmente, sai a borboleta, com suas asas todas úmidas e embrulhadinhas!Depois que as asas secam ao sol, a borboleta está pronta para voar! Essa maravilhosa transformação ocorre dentro do mistério da crisálida, onde tudo está fechado, sem nenhuma porta, sem janelas, um local silencioso que mais parece um laboratório, coberto por uma camada que parece matéria plástica chamada quitina. A quitina é uma espécie de celofane que a natureza criou.Quando olhamos para a crisálida, parece que ali não está ocorrendo nada...Silenciosa por fora e numa atividade tremenda por dentro! Dia e noite por semanas inteiras... Quem está trabalhando ali dentro? A vida... O principio vital do ovo passou para a lagarta, que passou para dentro da crisálida, que passará para a borboleta... Podemos dizer que o principio vital é a alma da borboleta. É uma alma em quatro corpos... Este é um símbolo maravilhoso para a evolução da alma! No princípio, todos nós somos parecidos com uma lagarta. O homem profano, materialista, que só se preocupa com as coisas do corpo, que só pensa em comer, comer e divertir-se, que não possui ainda nenhuma consciência de que possui a alma é o que podemos chamar de estado da lagarta. A lagarta é o símbolo do homem profano: ele não tem nenhuma consciência da sua alma e vive no mundo da horizontalidade. A lagarta não sabe nada de que vai ser uma borboleta, ela só quer comer, digerir, é o homem materialista. O grosso da humanidade ainda está no estágio de lagarta. A lagarta é o homem-ego que não possui nenhuma consciência de sua alma, do seu eu, da sua realidade espiritual e que vive somente para as coisas materiais e para a satisfação dos seus instintos degenerados. Alguns deles deixam de ser lagarta, mas não são muitos - a maioria morre como lagarta, nem mesmo chegando ao estado de crisálida. Quando é que o homem deixa de ser lagarta e passa a ser crisálida? É quando depois de muito tempo como lagarta, passa a sentir uma inquietude interna que o chama a ser outra coisa. A lagarta, no fim de sua vida, passa a ter um pressentimento de que está na hora de terminar a sua atual maneira de viver como lagarta. Então ela vai em direção à morte, morre como lagarta, se transforma num pequeno ataúde, algo parecido com um esquife, joga fora a sua pele de lagarta, fecha-se ao redor de si, se enclausura como num tipo de meditação. Quando fazemos meditação, não olhamos para fora da janela, ficamos num local com as portas fechadas, com as luzes apagadas e em estado de profundo silêncio. Muitos, por ainda estarem no estágio final da lagarta, ainda não são capazes de fazer meia hora de profundo silêncio físico, mental e emocional. Somente quando se transformam em 100% crisálida é que conseguem fazer este silêncio absoluto e imobilidade completa. Você nunca vê uma crisálida fazendo barulho ou movimento. Não: ela está ensimesmada, completamente concentrada dentro de si num pequeno espaço... E o que é que nós fazemos quando estamos em estado de crisálida, isto é, em estado de meditação? Não fazemos nada? Não... Fazemos muita coisa! Não fazemos nada por fora, mas fazemos muito por dentro. A meditação não é um estado de passividade, é um estado de tremenda atividade sem ruído e movimento. Muitos pensam que atividade é correr de lá para cá, fazer barulho... Isso não é atividade, isso é afobação. Atividade dinâmica é aquela que não se manifesta por fora, mas se realiza por dentro. A crisálida está numa tremenda atividade dinâmica, não numa atividade ruidosa por fora que é do ego. A crisálida é o símbolo do Eu sem o ego que se pergunta: Que sou eu? Na meditação nós não sabemos nada sobre o nosso corpo... O corpo da lagarta não existe, não sabemos nada dos nossos sentidos...Não vemos, não ouvimos, não falamos, não pensamos e não queremos nada. É um estado de absoluta passividade dinâmica. Passiva por fora - ativa por dentro. Temos consciência, mas não temos palavras e nem pensamentos. Acabou-se o ego, permanece somente o Eu plenamente vivo e consciente de nós. No silêncio da crisálida se devem formar todos os órgãos da borboleta. No silêncio da meditação se devem desenvolver todos os órgãos do nosso espírito, da nossa alma. O que para o inseto é a borboleta, isto para nós é a alma. A borboleta representa muito bem a espiritualidade, por que ela é leve, vive na luz, vive nas alturas, não come quase nada, apenas bebe de vez em quando uma gotinha de néctar do cálice das flores... Pousa nas flores, mas geralmente não pousa na terra. A lagarta sempre rasteja pela terra enquanto a borboleta voa pelo ares. A transição do ego para o Eu espiritual se faz durante o período da crisálida, da meditação. A natureza nos deu este exemplo maravilhoso da transcendência do homem-ego profano, através do homem-místico, rumo ao homem-cósmico. A borboleta representa o homem plenamente realizado. A crisálida é o principio, a iniciação para esta realização. A lagarta não começou nem a iniciação, muito menos a auto-realização. Podemos comparar o período anterior à iniciação e anterior à auto-realização, com a lagarta. Depois, na iniciação, nós viramos crisálida, desprezando todas as coisas materiais, só tratando das coisas espirituais. É o período da mística isolacionista-espiritualista. A crisálida se isola completamente do mundo exterior, é exatamente como o místico da caverna, da solidão... Ele não quer saber nada do mundo externo e só pensa em Deus: Eu e Deus. Come somente o necessário para não morrer. A crisálida não é o estado definitivo, porque depois da crisálida vem a borboleta que representa o homem-cósmico, o homem-crístico, o homem-integral que nunca mais vai voltar a ser lagarta, mas que entra em contato com todas as pessoas bem como com todos os elementos da natureza. Este é o estágio final da evolução do homem. ·Estágio de ovo.·Estágio de lagarta, do homem-profano.·Estágio da crisálida, do homem-místico, isolado não querendo saber nada do mundo externo.·Estágio de borboleta, do homem-crístico, cosmificado. A lagarta não pode se reproduzir, não pode se imortalizar, pois não tem sexo. A borboleta já possui sexo ou masculino ou feminino. A imortalidade deste inseto depende do último estágio: se a lagarta não virar borboleta, sua espécie morre. A divisão dos sexos acontece dentro da crisálida. Na natureza não existe imortalidade pessoal, individual, mas existe imortalidade racial. Todos os seres infra-humanos se imortalizam na espécie e não no individuo. Para poder ocorrer a imortalização da espécie se faz necessário a união dos sexos. Na humanidade ocorre um processo diferente, pois o próprio individuo pode imortalizar-se. Isto é um privilégio da raça humana. O homem não pode se imortalizar no estado de lagarta, no estado ego. O ego tem que desaparecer para que o homem possa chegar até às alturas do Eu, que é o estágio da borboleta. Se a pessoa não chega a plena consciência do seu Eu, da sua Alma, do seu Espírito, não tem como se imortalizar. Pode ser que muitos aqui na terra não cheguem à consciência do Eu, mas podem se imortalizar mais tarde, porque a vida da evolução não termina neste espaço-tempo. Nossa individualidade humana continua mesmo depois da morte física do nosso corpo. Depois, continua a possibilidade de imortalização.Ninguém sabe quanto tempo temos para nos imortalizarmos. Talvez milhares de anos... O nosso ciclo evolutivo ninguém pode saber. O certo é que não está restrito ao curto espaço desta vida terrestre. Como dizia um dos maiores mestres: "Na casa de meu Pai celeste há muitas moradas..." Há muitos mundos... Há muitos estágios de existência! Talvez a terra seja o primeiro estágio da nossa evolução! A gente vive comendo, comendo, comendo como se fôssemos lagartas. Provavelmente, em outros mundos, seja diferente, não tendo um corpo físico como a lagarta, talvez um corpo astral, talvez um corpo etérico, talvez um corpo de uma substância muito mais refinada do que esta grosseira matéria da qual vivemos diariamente. Pela meditação, nós podemos acelerar nosso processo de evolução. Esta é a grande novidade para nós. Não devemos pensar que necessitamos de milhares de anos para chegarmos a ser borboletas, isto é, uma entidade espiritual. Isto não é verdade! Se alguém colocar bastante esforço na sua concentração, na sua meditação ele pode abreviar a sua própria evolução rumo à espiritualidade definitiva. Isto não depende de uma ação do tempo externo - isto depende de uma ação interna por parte do individuo, uma ação voltada para a conscientização da sua realidade espiritual: - Eu e o Pai somos um - o Pai está em mim e eu estou no Pai. Se alguém se conscientizar disto, com toda a sua intensidade, se focalizar a sua consciência na sua realidade espiritual, é certo que ele pode abreviar o tempo da sua evolução. Pode chegar a ser borboleta muito antes dos outros, não precisando passar por tantos anos de sofrimento através do qual tem que passar as lagartas antes de se tornarem borboletas. A borboleta vive na espiritualidade do solo do ar. Não sofre com a horizontalidade imposta à lagarta. Podemos nos verticalizar ao invés de nos horizontalizar. Horizontal é para o ego - vertical é para o Eu. Podemos reduzir a nossa horizontalidade de lagarta e passar para a verticalidade da borboleta, o que torna a nossa evolução muito mais rápida. Todos os grandes mestres da humanidade insistem fortemente na necessidade do egocídio: "Se o grão de trigo não morrer, ficará estéril, se morrer, produzirá muitos frutos"- Jesus. "Eu morro todos os dias e é por isso que eu vivo, não sou eu quem vivo é o Cristo que vive em mim" - Paulo de Tarso. Quando a nossa lagarta-ego morre para a sua vida-ego e entra na realidade-mística do seu eu, esse é o primeiro estágio da evolução espiritual. A lagarta morreu para dentro da crisálida, mas ela não morreu para dentro da morte, senão não teria surgido a borboleta. Ela morreu como lagarta e não como vida. A vida da lagarta foi transferida para a crisálida.Aqui não há morte, apenas a vida está em outro estado. Deixa da vida extrovertida, para uma vida introvertida. A meditação é uma introversão espiritual. Quando a gente olha para dentro de si e não mais para o exterior, então, estamos numa vida introvertida.Isto é a crisálida. Para a lagarta, isto é uma espécie de morte. A borboleta é a vida-definitiva. A borboleta pode se quantificar, mas não pode se qualificar. Uma borboleta pode dar muitas lagartas por meio dos ovos, isso é quantificar, mas ela não pode se qualificar. Ela não pode dar uma qualidade superior à sua borboleta - isso seria a imortalidade da borboleta. Na natureza, os indivíduos não se imortalizam, apenas se quantificam, não se qualificam, não podem obter uma qualidade superior. O ser humano tem o dever de ultrapassar a sua borboleta e se imortalizar individualmente. Todos os mestres da humanidade sabem que a nossa imortalidade depende da consciência espiritual de nosso eu. Se a pessoa não adquire esta consciência não se imortaliza. Cada um de nós deve se questionar em que estágio se encontra em sua evolução e como pode ultrapassá-lo. Poucos de nós se encontram no estágio de crisálida. O grosso da humanidade se encontra no estágio de lagarta. Aqui e ali, encontramos alguns místicos que já se encontram no estágio da crisálida, de meditação. A meditação é o estado em que nos esquecemos de toda exterioridade, que é da lagarta, e entramos na interioridade, que é da crisálida. Quanto mais vezes fizermos esta interiorização de lagarta para crisálida, tanto mais aceleramos a nossa evolução rumo a definitiva borboleta. Isto é absolutamente certo! As leis da física são as leis da metafísica. Nós podemos entrar diariamente no estado de crisálida, fechando todas as portas dos sentidos e da inteligência. Então, entramos na solidão silenciosa da crisálida e se permanecermos uma hora inteira, nesse estado, longe dos sentidos, longe da inteligência, longe dos desejos, completamente isolados na consciência espiritual, então estamos no estado de crisálida. E se ficarmos diariamente nesse estado de crisálida, de mística isolacionista, preparamos, pouco a pouco, o nosso corpo futuro da borboleta espiritual. O ser humano sempre imagina que depois da morte não temos corpo. Sempre teremos corpo, não o corpo físico e material de agora que é o mais primitivo. Corpo não é só matéria e pode ser imaterial. O corpo astral e o corpo etéreo são um corpo, mas não um corpo material. Paulo de Tarso diz que existem muitos tipos de corpos e a ciência de hoje sabe que quando a energia se congela, então temos a matéria e quando a energia se descondensa, temos a luz. Depois vem um corpo de energia pura, chamada corpo astral. Quanto mais vezes entrarmos num estado de meditação, de crisálida, tanto mais nós transformamos o corpo-matéria num corpo extra-material. Podemos preparar exatamente agora, nesta vida, o nosso corpo futuro. A crisálida prepara o corpo futuro da borboleta em grande silêncio. Depois de algumas semanas, o corpo da borboleta já está formado dentro da crisálida. Do que é que ela formou o corpo da borboleta se não foi buscar nada de fora? Ela se serviu da matéria prima do corpo da lagarta e transformou aquele mingalzinho verde, nas asas e no corpo maravilhoso da borboleta. Quer dizer que na crisálida há uma laboração, é um laboratório, onde o corpo da borboleta é preparado. Então, a borboleta rompe com a casca da crisálida com as asas todas enroladinhas, depois ela abre as asas e começa a voar. Podemos fazer com a meditação a elaboração do corpo da nossa futura borboleta espiritual; nós não precisamos saber como, pois as próprias leis cósmicas se encarregam disto. Só precisamos ficar na solidão, em bastante concentração durante algum tempo e depois o resto acontece naturalmente. Muitas pessoas bem ou mal, já estão se dedicando à prática da meditação, pois já se conscientizaram que esta é uma prática necessária para a nossa evolução. Muitas delas ainda se preocupam com técnicas meditativas.Atualmente existem tantas técnicas de meditação, tantos livros, que as pessoas acabam desanimando e desistindo logo de inicio. Acabam encostando os livros e deixando a prática da meditação de lado. A única técnica que realmente funciona é esvaziar-se totalmente da consciência do seu ego e nada mais. Não fazer, não pensar, não falar e não querer nada. Somente fazer uma vacuidade total do seu adorado ego... O Ego não gosta e se revolta com esta prática. Ele quer fazer algo! Se alguém é capaz de se esvaziar totalmente da ego-consciência, vai acontecer-lhe a coisa mais grandiosa que é a invasão da cosmo-consciência, ser invadido pela Alma do Universo que é Deus. Isto não é uma descida para o in-consciente, mas sim uma subida para o supra-consciente. Durante a meditação, entramos na supra-consciência e não na infra-consciência. Entramos no êxtase, no Samádhi, no terceiro céu. Por aqui podemos ver a importância da humanidade aprender a fazer o que toda a natureza faz por meio dos seus estágios de evolução. (Texto de autoria do Prof. Huberto Rhöden).

PHOENIX

A Phoenix, Fênix ou Phoinix (grego) é a lendária ave que ateia fogo em si mesma quando descobre que está para morrer. Ela povoou o imaginário mitológico das antigas civilizações egípcia e grega. A lenda diz que a primeira Phoenix surgiu de uma centelha que o deus Ra soprou sobre a face da Terra, representando o Fogo Sagrado da Criação. Segundo a lenda, seu habitat é entre os desertos da Arábia, entre as ervas e temperos aromáticos. Ela vive por volta de 500 anos e após esse período procura uma árvore solitária e, no alto de sua copa, faz seu ninho com canela, olíbano (uma espécie de goma-resina, encontrado na África e na Índia; especiaria muito utilizada na Antiguidade para se fazer incenso) e mirra (espécie de arbusto encontrado em regiões desérticas, especialmente na África e no Oriente Médio). Ela, então, ateia-se fogo e de suas cinzas surge um pequeno ovo vermelho de onde nasce uma outra Phoenix, mais forte e mais bonita. Ela representa a imortalidade do ser, o poder de mudança, de consciência de si mesmo. Pode ser vista, também, como um modelo de perfeição ou de beleza absoluta. Na mitologia egípcia a Phoenix é reverenciada como a personificação do deus Ra (deus do sol). Existe somente uma da espécie e é por isso que o deus Ra jurou que enquanto a Phoenix renascer das cinzas, a esperança, no mundo, nunca morrerá. Portanto, a Phoenix representa a depuração da alma. Segundo a lenda, o tamanho da ave assemelha-se ao da águia. Tem olhos brilhantes como as cores das estrelas. Sua plumagem é dourada no pescoço e no papo? púrpura no restante do corpo; possui uma crista formada por penas finíssimas e delicadas, sendo sua calda constituída por penas longas e suaves, nas cores branca e vermelha. Na mitologia oriental também existe uma Phoenix que simboliza a felicidade, a virtude e a inteligência. E sua plumagem é feita das sete cores sagradas para os orientais: as cores do arco-íris.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A PRECE

Então,uma sacerdotisa disse:"Fala-nos da prece".
E ele respondeu,dizendo:
"Vós rezais nas horas de vossas aflições e necessidades;pudésseis rezar também na plenitude de vossa alegria e nos dias de abundância.
Pois o que é a oração senão a expansão de vosso ser no éter vivente?
E se vos dá conforto exalar vossas trevas no espaço,maior conforto sentireis quando exalardes a aurora de vosso coração.
E se podeis reter as lágrimas quando vossa alma vos chama para orar,ela vos deveria esporear repetidamente,embora chorando,até que aprendêsseis a orar com alegria.
Quando rezais,elevai-vos até encontrardes,nas alturas.aqueles que estão orando á mesma hora,e que ,fora de oração talvez nunca encontrásseis.
Que vossa visita a esse templo invisível não tenha,portanto ,nenhuma outra finalidade senão o êxtase e a doce comunhão.
Pois se penetrardes no templo unicamente para pedir,nada recebereis.
E se nele entrardes para vos curvar ,ninguém vos erguerá.
E mesmo se aí fordes para mendigar favores para outros,não sereis atendidos.
Basta-vos entrar no templo invisível.
Não posso vos ensinar a rezar com palavras.
Deus não escuta vossas palavras ,exceto quando Ele próprio as pronuncia através de vossos lábios.
E não vos posso ensinar a oração dos mares e das florestas e das montanhas.
Mas vós que nascestes das montanhas e das florestas e dos mares,podereis encontrar suas preces no vosso coração.
Se somente escutardes na quietude da noite ,ouvi-lo-eis dizer em silêncio:
Deus nosso,que és nosso EU-alado,é Tua vontade em nós que quer;
È Teu desejo em nós que deseja ;
È Teu impulso em nós que pode transformar nossas noites ,que que Te pertencem,em dias que também Te pertençam.
Nada Te podemos pedir ,pois conheces nossas necessidades antes mesmo que nasçam em nós.
Tu és nossa necessidade;e dando-nos mais de Ti,Tu nos dás tudo".
Gibran Khalil Gibran-da sua obra O Profeta.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

SAUDADE

Quando penso em você me sinto flutuar,me sinto alcançar as nuvens,tocar as estrelas, morar no céu...Tento apenas superara imensa saudade que me arrasa o coração,mas, que vem junto com as doces lembranças do teu ser. Lembrando dos momentosem que juntos nosso amor se conjugavaem uma só pessoa, nós ...É através desse tal sentimento, a saudade,que sobrevivo quando estou longe de você.Ela é o alimento do amor que encontra-se distante...A delicadeza de tuas palavrascontrasta com a imensidão do teu sentimento.Meu ciúme se abranda com tuas jurase promessas de amor eterno.A longa distância apenas serve para unir o nosso amor.A saudade serve para me dara absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos...E nesse momento de saudade,quando penso em você,quando tudo está machucando o meu coraçãoe acho que não tenho mais forças para continuar;eis que surge tua doce presença,com o esplendor de um anjo;e me envolvendo como uma suave brisa aconchegante...Tudo isso acontece porque amo e penso em você.
(William Shakespeare)

A DOR

E a mulher disse:"Fala-nos da dor". E ele respondeu: "Vossa dor é o rompimento do invólucro que encerra vossa compressão. Assim como semente da fruta deve querer-se para que seu coração apareça ante o sol,deste mesmo modo deveis conhecer a dor. Se vosso coração pudesse viver sempre no deslumbramento do milagre cotidiano,vossa dor não vos pareceria menos maravilhosa que vossa alegria; E aceitaríeis as estações de vosso coração como sempre aceitastes que passam sobre vossos campos; E contemplaríeis serenamente os invernos de vossa aflição. Grande parte de vosso sofrimento é por vós próprios escolhida: È a amarga poção com a qual o médico que está em vós cura o EU-doente. Confiai,portanto ,no médico,e bebei seu remédio em silêncio e tranquilidade: Pois sua mão,embora pesada e dura ,é guiada pela suave mão do invisível; E a taça que ele vos oferece ,embora queime vossos lábios,foi confeccionada com a argila que o Oleiro umedeceu com Suas lágrimas sagradas. (Gibran Khalil Gibran-da sua obra O Profeta)

A ALEGRIA E A TRISTEZA

Então,uma mulher disse:"Fala-nos da alegria e da tristeza". E ele respondeu: "Vossa alegria é vossa tristeza desmascarada". E mesmo poço que dá nascimento a vosso riso foi muitas vezes preenchido com com vossas lágrimas. E como poderia não ser assim? Quanto mais profundamente a tristeza cavar suas garras em vosso ser,tanto mais alegria podereis conter. Não é a taça em em que verteis vosso vinho a mesma que foi queimada no forno do oleiro? E não é a lira que acaricia vossa alma a própria madeira que foi entalhada à faca? Quando estiverdes alegres,olhai no fundo de vossos coração,e achareis que o que vos deu tristeza é aquilo mesmo que vos está dando alegria. E quando estiverdes tristes,olhai novamente no vosso coração e vereis que,na verdade,estais chorando por aquilo que constituiu vosso deleite. Alguns dentre vós dizeis:"A alegria é maior que a tristeza",e outros dizem:Não,a tristeza é maior". Eu,porém ,vos digo que elas são inseparáveis. Vêm sempre juntas;e quando uma está sentada á vossa mesa,lembrai-vos que a outra dorme em vossa cama. Em verdade,estás suspensos como os pratos de uma balança entre vossa tristeza e vossa alegria. è somente quando estás vazios que estás em equilíbrio... (Gibran Khalil Gibran-Da sua obra O Profeta).

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

"CONDENADOS À LIBERDADE"

Sempre procurei respostas para as palavras do filósofo existencialista Jean Paul Sartre,que afirmou :O homem está condenado a ser livre.Esta frase nos remete para algo extremamente magnífico e assustador ao mesmo tempo;o poder e ter o que se escolher e a reação desta ação.Todos nós aspiramos liberdade,mas gozá-la de fato nos trás toda uma sorte de questionamentos sociais e espirituais,devido ao fato de que a mesma está o tempo todo sendo: medida,pesada e classificada.Penso que a melhor forma de interpretar essa frase seja ter a idéia de que somos livres,ou melhor nascemos livres e temos a obrigação de vivermos nossas vidas sem medos que nos façam nos desviar do propósito de liberdade exposto por Sartre que prega a liberdade do homem com base na suas ações naturais e instintos que devem ser seguidos; claro, tendo em vista o limite entre o aceitavel e o condenavel em nossa sociedade atual.Creio que conciliar liberdade e os padrões morais e religiosos seja praticamente impossível.O homem teme as leis do Estado não por honestidade pura,mas sim por medo da punição para seu excesso de liberdade e nisso vemos o interesse em se seguir uma boa conduta simplesmente por interesse puro em uma possível recompensa seja material ou até mesmo espiritual e penso que vale a pena citar uma frase de Einstein que diz:"Se somos bons por almejarmos uma recompensa,sem duvidas somos um grupo desprezível" e nisso concordo plenamente.Quanto a conciliar Deus e liberdade,realmente é um tarefa difícil,pois vivemos dualidades que nos obrigam a escolher entre nossas vontades ou entre a renuncia de uma vida para nos dedicarmos a algo espiritual para ganharmos ou não uma recompensa.Sem duvidas que são coisas distintas assim como Liberdade e Livre Arbítrio que creio que ambos teem certa semelhança,pois fazem apologia a liberdade de escolha,porém na pratica consiste em seguir um caminho,seja de uma sociedade ou de um Deus para ser bem aceito.Depois que o homem se modernizou e se globalizou,se viu diante de um grande mercado onde "de tudo tem ",e tal situação implicou em ter escolhas demais para se fazer,de tanto ter o que se escolher;e a condenação dessa liberdade de compra ,troca e venda nesse grande mercado material, e espiritual fez do homem,uma espécie de "gambiarra mental",onde a tudo a e todos está ligado,mas que a qualquer momento está sujeito a vir sofrer um curto circuito.Basta constatar as últimas estatísticas que apontam uma explosão demográfica de depressivos e de outras desordens mentais diagnósticada em quase sua totalidade,doenças desenvolvidas por fatores ambientais.Ao que parece,o processo foi invertido,um dia o homem sonhou e lutou por liberdade física e ideológica e agora se ver preso dentro da pior de todas as prisões: preso dentro de si mesmo.A imagem acima,sugere a idéia de um VÔO ATRIBULADO...Talvez seja o preço da liberdade ou a condenação da liberdade,que saiu da esfera do objetivismo para o subjetivismo.Ou seja,estamos CONDENADOS A ESCOLHER E ÀS NOSSAS ESCOLHAS.E quem tem ouvidos ouça:TUDO ME É PERMITIDO MAS NEM TUDO ME CONVÉM. (I Cor 10,23).